quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Os olhos do vento


Aos olhos do vento
o verde do azul esclarece.
Assim, me contento
e, moreno, meu corpo enlouquece.

As mãos me correm tão ternas,
e o os olhos me tocam a alma.
Vai do coração às externas,
e o sorriso tão belo me acalma.

Fugindo da monotonia comigo,
no cassete, a legião embalando.
Dormir e acordar num abrigo,
e, tão somente, o coração falando.


Camila Castro

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Inconstância!


No meio da minha bagunça
memórias no meu peito surgem,
desejos o meu peito aguça,
e, de raiva, os meus dentes rugem.

Passos longos e curtos mesclam,
numa intensidade mais que impalpável,
felicidade e tristeza,
tudo num ser bem amável.

Numa voz louca e rouca,
desprendo dor e sentimento,
entretanto, me vejo meio oca,
e, disso, eu realmente lamento.

Cinza e azul alternam lá no céu.
Num pico maluco e inconseqüente,
deixei desperdiçar o meu mel,
desculpe, as vezes, a gente mente.

Esqueci tudo,
lembrei de ti outra vez.
Louco esse meu mundo,
vou aposentar-te por invalidez!

Camila Castro

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Embargo


Escondendo o fogo,
te busco e apago.
Desejo seu jogo,
e na lua me afago.
Uma bebida lhe trago,
um cigarro lhe pago.
mas, o olhar amargo
tornou-se o infeliz embargo!

Camila Castro

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Meu coração!


Meu coração pula!
E, numa satisfação mútua,
meu desejo é apenas ser tua.

Meu coração sorri!
E, numa noite quente,
não quero nada que nos atormente.

Meu coração te ama!
E, no instante que segue,
quero apenas que você me pegue.

Meu coração grita!
E, no molejo do teu quadril,
me faz feliz mais que a dois mil.

Por fim,
Meu coração se entrega!
E, em teus braços se apega,
como a uma linda canção de ninar.


Camila Castro