quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Estrada certa-incerta de mim


















Nessa solidão cheia de gente,
nesse descaso tão completo,
meu coração deita e sente,
assim, silencioso e discreto.


Na estrada do futuro: incerteza.
no caminho do amanhã: convicção.
Tudo simples e posto à mesa,
tudo pleno e cheio de contradição.

Me vem o olhar profundo da lembrança
e o som distante do desejo.
Tempos bons de quando era criança,
tempos longínquos que eu ainda não vejo.

Na cabeça o peso da decisão,
no coração a dor do que se faz certo.
Então, no cheiro do SIM e do NÃO,
meu peito se torna aberto.

Com medo de tudo e de nada,
sigo gritando e calada
no silêncio do meu olhar
.

Camila Castro















sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Esperança














O nada alimenta a doce solidão.
Da vida que se viveu,
do sim, do talvez e do não,
tudo o que se achou, se perdeu.

Como num filme de fim de tarde,
meu sol se põe.
Sem quase nenhum alarde,
A tristeza se dispõe.

Em você, tudo o que eu quero.
Em você, algo que me perturba.
Assim, sem você, eu ainda te espero,
mesmo sendo esse vazio tudo aquilo que me derruba.

Em seus olhos mora meu coração.
Em suas mãos meu corpo descansa.
Ouço, com choro na garganta, aquela nossa canção,
mas, aqui, o que me segura é uma coisa chamada esperança.


Camila Castro