domingo, 3 de maio de 2015

O domingo e a saudade













Quando a noite cai e a cama me parece vazia,
O coração dói e chora.
Chora como criança sem pirulito.
Chora como cachorro preso lá fora.
Os caminhos longínquos que separam nossos lábios
São ainda mais longe aos domingos.
“Calma, vai passar” me dizem os sábios,
Mas estes nada sabem da saudade,
Do amor e dos carinhos.
Segunda chega, passa a terça até a quarta.
Na quinta me animo, pois falta pouco.
Sexta. Sorriso no lábio e mochila nas costas.
Dois dias no paraíso e volta o domingo.
Na semana cresço e aprendo,
Porém o coração bobo sofre e chora.
O que é o amor nessa dor que se aflora?
Como pode tanta saudade,
Como assim seguirei vivendo?
Seguirei, por este é o caminho da coragem.
Dói! Mas, também constrói.
Choro, mas também sorrio.
E assim sigo, vivendo os dias e

Esperando pela fuga para aquele lugar que habita meu coração.

Camila Castro - 03/05/2015