domingo, 27 de dezembro de 2009
Desabafinho
Camila Castro
sábado, 26 de dezembro de 2009
O tempo
Busco, no tempo em que me sobra, a dádiva de viver, que me foi dada há um tempo atrás. Luto, a cada minuto, para que os segundos sejam mais que pequenos momentos, e tornem-se momentos inesquecíveis e eternos na memória, para que esses “pequenos momentos” cresçam tão intensamente, que em cinco horas não se consiga descrever a veracidade, a loucura e a intensidade de um instante vivido.
As horas passam como quem foge de algo ou alguém. Passam rapidamente, e não se importam se eu preciso de um instante a mais para amar o meu amor, passam tão repentinamente que o dia acaba quase no mesmo instante que começa.
O tempo acabou passando e não tenho mais tempo de pedir tempo, porque o passar do tempo me ensinou que mais importante que o tempo para viver as coisas, são as coisas vividas durante algum tempo, ou todo tempo, melhor dizendo, são as coisas vividas!
E, seguindo o que o tempo me ensinou, que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure. (Como já disse o MARAVILHOSO Vinicius de Moraes).
Camila Castro
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Ouvi dizer...

Ouvi dizer que amar é ter
e fazer o desejo mais remoto que tive.
Ouvi dizer que amar é viver.
Ouvi dizer que amar é olhar o céu
e tão somente SER!
Ouvi dizer que amar é saborear o mel.
Ouvi dizer que amar é... TOCAR
e sentir tudo abaixo de um lindo véu.
Doces ilusões poéticas.
Amar é amar, e,
nas correntes da hipocrisia,
preso estar!
Camila Castro
domingo, 15 de novembro de 2009
Meu verde caminho

e os verdes todos eu via.
O azul do mar me dizia
palavras que eu somente escolhia.
Naquele caminho seguia,
e o vento me despertava fria.
De um lado o amor nascia,
do outro o amor morria.
Naquele caminho seguia,
e como quem dá luz a sua cria,
o luar tão lindo surgia
e eu tão feliz sorria.
Naquele caminho seguia,
e sem você não seria.
E todo caminho que eu seguia,
seria apenas o caminho que eu ia.
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Os olhos do vento

Aos olhos do vento
o verde do azul esclarece.
Assim, me contento
e, moreno, meu corpo enlouquece.
As mãos me correm tão ternas,
e o os olhos me tocam a alma.
Vai do coração às externas,
e o sorriso tão belo me acalma.
Fugindo da monotonia comigo,
no cassete, a legião embalando.
Dormir e acordar num abrigo,
e, tão somente, o coração falando.
Camila Castro
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Inconstância!

memórias no meu peito surgem,
desejos o meu peito aguça,
e, de raiva, os meus dentes rugem.
Passos longos e curtos mesclam,
numa intensidade mais que impalpável,
felicidade e tristeza,
tudo num ser bem amável.
Numa voz louca e rouca,
desprendo dor e sentimento,
entretanto, me vejo meio oca,
e, disso, eu realmente lamento.
Cinza e azul alternam lá no céu.
Num pico maluco e inconseqüente,
deixei desperdiçar o meu mel,
desculpe, as vezes, a gente mente.
Esqueci tudo,
lembrei de ti outra vez.
Louco esse meu mundo,
vou aposentar-te por invalidez!
Camila Castro
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Embargo
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Meu coração!

E, numa satisfação mútua,
meu desejo é apenas ser tua.
Meu coração sorri!
E, numa noite quente,
não quero nada que nos atormente.
Meu coração te ama!
E, no instante que segue,
quero apenas que você me pegue.
Meu coração grita!
E, no molejo do teu quadril,
me faz feliz mais que a dois mil.
Por fim,
Meu coração se entrega!
E, em teus braços se apega,
como a uma linda canção de ninar.
Camila Castro
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Palavras do meu silêncio!

em meio a multidão perdida.
Numa solidão muito mais que ardida,
aqueles passos me amedrontaram.
E longe do tom explicador,
pela boca lâmina lhe saia.
Lançava ali mesmo por onde ia
todo sentimento meu ameaçador.
Outrora um sorriso lhe iluminava.
E, num momento de amor, todo assim...
logo depois lhe açoitava.
Num adeus, que não para mim,
mais uma palavra eu esperava.
Palavras de um silêncio muito maior que o próprio fim.
Camila Castro
domingo, 20 de setembro de 2009
De volta ao Coelho

Ouço vozes ao fundo...
Atrás do meu pensamento,
ouço vozes do mundo.
Certo seria entender.
A cabeça cansa,
e só faço esquecer.
Entre a química e a história,
palavras ao vento me passam...
O certo é que isso não é vitória,
não importa o que as pessoas façam.
A ignorância assola a vida.
Diminutivo se torna meu nome.
Burrice toda adquirida,
conhecimento todo que me some.
Deixe-me voltar ao Coelho,
buscar a história,
e tentar não ser mais um pentelho!
Camila Castro
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Ignoro!

Num mundo distante,
meu pensamento se perde.
Posando naquele stand,
a infantilidade me impede.
Entre as caras sujas de medo,
corro a caneta no papel.
Eu ainda não entendo,
quero saborear o seu mel.
Porta retrato de desocupados,
notícia de idiotas.
Nossos dias nunca são armados,
só quero colocar minhas botas.
De olhos fechados estou.
Com um sorriso no peito,
os ignoro por onde vou.
Amar o amor,
beijar o calor.
E sentir teu fervor.
Camila Castro
Vulgaridade do meu ser!
No balanço da barca,
no entrave do amor...
Eis que surge uma marca,
uma marca de uma dor.
Na hipocrisia da caneta,
no fingimento do papel.
Poeta que não se contenta,
e se esconde atrás do véu.
Palavras de açoite e sentimento.
Faca entre seios.
Flor que surge neste momento,
loucura que surge entre os meios.
Frases sem sentido,
pensamento vulgar.
Levanta o seu vestido,
Ali é meu lugar!
Camila Castro
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
E isso é ciúme!

e segurei o próprio peito na mão.
Uma arma no peito punha,
e, até mesmo, perdi a noção.
Quis ser proteção,
e proteger-me de mim mesma.
Dizer sim e dizer não...
E não agir como uma lesma!
Odeio por um instante.
Tento fugir do desprezível.
E, longe da sua estante,
pareço ser terrível.
Quero guardar pra mim,
e dentro de uma caixinha cuidar.
Loucura e desaforo sem fim,
acho que não sei amar.
E isso, que sinto e que me enlouquece,
chama-se ciúme!
Parece que ele não me esquece,
e, de fato, não é faca de um só gume!
Tento fugir,
tento ser o que não sou.
Tenho que admitir,
nem sei para onde vou.
Perdoa tão insensata atitude,
tira do peito esse amor,
amor que é tão rude.
Melhor pra ti viver sem essa dor!
domingo, 30 de agosto de 2009
Cala-te pensamento!

Cala-te pensamento!
Deixa o coração em paz.
Cala-te pensamento!
Não sabes o mal que me faz?
Pensamento inoportuno,
Pensamento curioso e invasor.
Sai pensamento, ou eu sumo!
Pensamento chato, que me traz até dor.
Pensamento que me torna má.
Me faz odiar e querer matar.
Sai pensamento, sai pra lá.
Pensamento, vou lhe trucidar!
Pensamento que cria,
Pensamento criativo, esse meu.
Me deixa fria.
Nem pareço eu.
Vá embora pensamento.
Quero esquecer.
Quero viver o meu momento.
Meu amor eu quero ter!
Tchau pensamento.
Morre pensamento!
Me esquece pensamento!
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Fuga da realidade!
tive seu corpo total free de si mesmo.
Amei e fiquei feliz horrores,
tudo escrito, nada a esmo.
Senti cada pedaço,
e cada fluído.
Nada de cansaço,
ele realmente havia sumido.
Pela janela, vi a realidade,
voltei e seu abraço me esperava.
Tudo isso é apenas verdade,
e ali mesmo você me amava.
Apertei, beijei.
Senti e apertei.
Beijei e mordi.
Amei e senti.
Mordi e mordi.
Num momento só nosso,
o mundo até acabaria.
Quase tive um troço,
você ali... Me enlouqueceria!
Quase no hospício do amor e do prazer,
o relógio tocou...
Hora de ir para casa... Que droga! (pelo menos a meu ver).
Espera aí, já vou!
Deixe eu acabar de me entreter.
Acordei do sonho...
Realidade dura.
Da vida, às vezes, apanho.
A vida, às vezes, me fura!
Na loucura da felicidade, seguimos.
de mãos e
pernas dadas,
assim, dormimos.
Camila Castro
Inconstante Camila
Eu mesma não sei o que pensar, sei que me ter assim é chato, repetitivo e irritante.
Sei que sou garota de lua, fases e facetas.
Sei que minhas palavras são ásperas e, em algumas vezes, insensíveis.
É tão estranho ser assim!
Eu sei o porquê, sei o porquê de cada lágrima, cada cara feia, mas você acharia bobo, acharia infantil e, até mesmo, se amedrontaria.
Isso, talvez, lhe afastaria de mim.
Lhe faria pensar e repensar, por isso guardo comigo...
Minhas bobeiras, minhas intensidades.
Minhas besteiras, minhas sentimentalidades...
Perdoa esse coração inconstante.
Perdoa não te fazer feliz todo instante.
Ah... “Nada que uma noite de sono não resolva”
Camila Castro
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Eu & Você, a Cama & o Mar.
e, dentro, o meu coração pulava.
Todo fervor e prazer que eu via,
não apenas me saciava.
Em teus olhos, o brilho de minha alma,
Em tuas mãos, o caminho do meu destino.
Um toque que me acalma,
Um som em que me alucino.
Nada poderia estragar
Eu e você,
A cama e o mar.
E, nada pode acabar...
Quero te ter,
Quero te amar.
Eu em você e você em mim.
Por um momento eu esmoreço,
E aí você me tem sem fim.
Flor do meu destino,
Cheiro do meu amor.
Adoro nosso desatino.
Adoro te compor.
domingo, 23 de agosto de 2009
Podridão!

toda divisão,
toda alegoria...
Isso tudo me soa em vão.
Nada disso me trará alegria.
Parece até que a sociedade é viva.
Morta está dentre os vivos que nela habitam.
Esses cheiros que a hipocrisia ativa
Cheiros podres, não há nada que os limitam!
Escravos da moda,
servos do sistema.
Ditadura foda,
e cada um com seu problema!
Olho por olho e dentes por dentes,
é o que é dito,
Por cada um desses dementes.
Um tiro aqui outro acolá.
É assim que se finda.
Vou ali para o meu jantar!
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Meu romance

Um pequeno grande coração é aparente
em um olhar profundo que me atrai calmamente.
A insegurança de um ser sensível e covarde,
A sedução de um corpo belo e cheio de liberdade.
O fervor escorre entre os corpos.
Um desejo louco e uma saudade que é guardada entre as fotos.
O olhar de acasalamento inicia o ritual,
Beijos, abraços, carícias... Um amor sem igual.
Outrora lhe parecia viável um romance,
Todo aquele sonho parecia-lhe estar a seu alcance.
Logo acaba, o tempo passa e só fica a saudade.
Repetidas vezes até que lhes chegue a idade.
01/01/09
Camila Castro
terça-feira, 21 de julho de 2009
Acabou!

Passam os dias
Passam as alegrias
Acabam os beijos
Acabam os desejos.
Coisas, enfim, aconteceram
Ao amor de um todo,
Que assim morreram,
Amor intrigante e tolo!
Anjo displicente,
Protetor de si mesmo.
Ser decorrente, que
esconde o desejo.
Amor acabado,
sem fim desejado.
Saudade que aperta
o coração desalmado.
26/04/07
quinta-feira, 16 de julho de 2009
O meu amor

O meu amor não tem cheiro de rosa,
nem brilha como as estrelas.
O meu amor é, em algumas vezes, carnal
e sua em meio ao contato.
O meu amor briga e fala besteira.
O meu amor não é perfeito,
nem quero que seja, imagine só
que chatice...
...sininhos a bater, olhos brilhantes
sorrisos radiantes e nenhum beijo na boca?
Ah! Mas que saco!
Clichê!
O meu amor não é clichê.
O meu amor é sentimento,
e é surpresa.
O meu amor ama e tem tesão.
O meu amor não mente,
O meu amor sente.
O meu amor chora,
O meu amor grita,
O meu amor fede!
Estranho isso...
Mas, é que meu amor trabalha,
meu amor pensa e sonha.
Ele idealiza e ele segue.
Esse amor que pulsa entre as veias
e corre no coração.
É um amor pouco romântico
e patético,
Mas é verdadeiro
e despreza esse sentimento caquético.
É um amor nada convencional.
É um amor só meu.
O meu amor.
Insano e desigual!
16/07/09
Camila Castro
segunda-feira, 13 de julho de 2009
O que eu quero

Não quero ser
aquilo que não sou.
Nem mesmo omitir
todos os lugares e pessoas
com quem eu vou.
O coração se contenta hoje
As palavras eles apreciam.
Você parece que foge.
As pessoas lhe influenciam.
O amanhã eu não conheço.
Misterioso!
é o que me parece.
De repente eu desapareço, ou
talvez Deus ouça minha prece.
Só quero apresentar-me
como sou.
Olhar nos olhos
e, ali mesmo,
adentrar-me.
Pode parecer besteira,
mas é o que sinto.
Quero seguir carreira.
Mesmo que seja esquisito!
domingo, 12 de julho de 2009

Insanidade total!
O tempo pára a cada momento
Não vejo nada igual.
Em suas curvas habita meu desejo,
Em teu olhar,
A cada instante, me vejo.
Presa à hipocrisia estou.
Uma sociedade falsa!
Me julga por onde vou.
De nada vale tal esforço!
Meu coração se fascinou.
Tudo me parece um grande esboço,
Tua beleza me tomou.
sábado, 11 de julho de 2009
Calei!
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Os olhos do meu Dindi

Olhos alucinantes e alucinados.
Esses olhos,
que contém água e fogo.
Olhos que não escondem o jogo.
Olhos que expõem a alma,
e invejam a calma.
Afundam o sentimento.
Olhos que aprofundam o pensamento.
Tudo em vão, exceto os olhos,
fechados ou descobertos.
Olhos de mar,
que me fazem subir ao altar.
Olhos de fuga e de raiva,
Olhos que,
na chuva,
me abalam.
Olhos que defronte à mente
venera e sente
o olhar demente.
Olhos de inferno e céu.
Olhos que escondem o véu.
Olhos de olhares
que ignoram os mares.
Olhos doces e amargos.
Olhos que se abrem,
Se amam.
Olhos que fecham,
Se odeiam.
Olhos que me olham.
E olhos que me cegam.
Esse olhar demente
me mostra o olhar inocente.
Invade a gente,
como, assim, o infeliz ardente.
Tudo mostra os olhos,
porque os olhos mostram tudo.
Vai ao fundo
E mostra o meu mundo.
Olhos seus e olhos meus.
Decerto, não sei, olhos nossos talvez.
Apenas olhos em vez.
04/05/06 & 10/07/09
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Fotografias!

Nas fotografias existem marcas,
Passado, amor, aniversário, família...
Nelas posso ver e sentir.
Delas posso rir e chorar.
Aquela roupa ridícula,
Aquela pessoa querida...
Nas fotografias mergulho
E nelas me sinto.
Pequenos retalhos de dias,
Meses, anos!
Pedaços de um quebra-cabeça,
Que só Deus sabe onde vai dar
E até quando vai durar.
E, como diz Leoni:
"O que vai ficar nas fotografias
são os laços invisiveis que haviam!"
terça-feira, 7 de julho de 2009
Recordar é viver!

Em meio a solidão e a beleza da noite,
Estive entre cartas e cartões,
Prazeres e ilusões.
Revivi momentos e pensamentos.
Revi pessoas e chorei.
É engraçado mesmo como as coisas simplesmente ACABAM.
Palavras simplesmente existem.
Hoje, eu quero.
Amanhã, já não quero mais!
Em meio a madrugada,
Revirei-me em minha caixinha de cartas,
Pequenos pedaços da minha vida,
Pequenas gotas do meu ser,
Pequenos rabiscos do meu destino.
Louco é pensar que, em tão pouco tempo de vida,
Já tenho um enorme e emocionante passado.
Muitas vezes quero esquece-lo,
Mas o que seria de mim sem ele?
Escrituras de 4/5 anos...
Velhas? Nem tanto.
Mostram-me pedaços de Camila,
Pedaços que, infeliz ou felizmente, não voltam mais.
Sentimentos, acontecimentos.
Paixões, amizades...
A noite vai seguindo.
E eu?
Continuo aqui revivendo meus momentos.
Mas, louco mesmo é pensar que, por um instante,
Gostaria de voltar...
E que coisas daquele tempo voltassem também...
Por um instante, repito!
Instante esse que já acabou!
Camila Castro
São mais de 4 horas da manhã.
Estou eu aqui em meio a palavras,
Envolta no cobertor e na voz de Renato Russo.
Penso em algo,
Não penso em nada.
E penso em tudo.
As férias me deprimem,
O ócio me deprime,
Conclusões me deprimem.
Escrever não me deprime! \o/
Felicidade!
Palavras silenciosas podem,
Aliás, não só podem,
Mas valem muito mais
Que aquilo que foi dito.
O sentimento que mora em mim,
Seja no coração ou no dedão,
É silencioso, em algumas vezes,
Mas cresce e cresce.
Nem sei mais o que quero dizer.
As coisas me parecem confusas,
E estou com fome.
Escuto uma fita cassete da Legião Urbana.
E busco o que buscar.
07/07/09
Camila Castro
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Ahh!!!

Me vem um desejo imenso de te ter.
Olho...
Olha.
Pego e aperto.
Sinto e desejo.
E, assim, se inicia
Um momento sem igual.
O coração dispara.
E o desejo cresce... cresce...
As mãos deslizam,
Os olhos fecham, abrem, se apertam.
As línguas se tocam.
E tocam...
Corpo a corpo estamos nós.
Sinto seu coração, sua respiração.
E... Louco desejo, louco desejo!
Quero ter tudo ao mesmo tempo.
Te guardar dentre minhas mãos.
Te guardar em minha boca, em minha memória.
Em meu coração.
E, nesse corpo, eu idealizo, eu enlouqueço.
Meus dedos percorrem cada parte, cada centímetro.
E o coração dispara e dispara.
Em meio a seu belo olhar enxergo o prazer.
E, deixas escapar, por entre os lábios,
Doces gemidos que me despertam um ardor sem igual!
Já quase não respiro.
Ah!!!
Em louca velocidade:
Ah!!!!
06/07/09
Camila Castro
Comigo

Brilham as cores do meu cigarro.
Tombam os cheiros do meu álcool.
Um olhar profundo marca
Um instante que confundo e acaba.
Um sentimento paira dentro do dedão.
Por muitos instantes penso que não vivo mais em meio a solidão.
A caneta desliza em meio aos pensamentos.
Vamos retornar àqueles momentos?
Chega de mentira e de hipocrisia.
Quero mesmo você.
E quero seus olhos pra mim,
O que será que você faria?
Vem comigo. O futuro nos espera.
Vem comigo?
Fica comigo?
Vive comigo?
Ame comigo!
06/07/09
Camila Castro
Monteiro

Limite-se em um pequeno adeus.
A vida espera mais de ti, grande!
Todos os dias são acalmados em braços teus.
E, nada pode ser tão pequeno quanto o teu gigante.
Logo os dias acabarão, e nada
Poderá lhe ser sensível.
O coração não vale paz, nem frustração.
Tudo o que se passa torna-se indescritível.
Tire a máscara negra e insensata de teu lindo olhar.
Vale mais o brilho dos teus dias,
Que um grande navio a navegar?
Ou as loucuras com teus amigos e vadias?
Parace que o suor do teu trabalho não é tão digno.
A insensibilidade de teus dedos é inconfundível.
A menina de teus olhos estava escrita em teu destino.
Acabara tudo aquilo que sonhara.
Tua fragilidade fútil mostra o quão insolente és.
A vida é tão bela e tão rara...
Cuide-a!
16/12/08
Mescla

Repleta de pensamentos, cores, ardores...
Meu coração pára, pensa e olha.
Nada pode ser tão inconstante.
Os dias verdes brilham como nunca.
Paro e penso em você por um instante.
Quando olho o passado,
Vejo nuvens negras e cheias de sol e luz.
Nada tem sentido a meu ver.
As palavras parecem não descrever mais.
As tintas pintam para esconder algum sentimento.
Nada pode ser ou fazer.
O que ser?
Nada! É o que penso.
Olho logo ali e vejo uma ponte quebrada.
Pode haver conserto?
Pode sim! Ela pode ser consertada!
Porém, a dor do ontem mata a cada segundo.
Vejo bonecas e coisas de pimpolhos.
Vejo a infantilidade interna e um ser em busca.
Um grito de “Independência ou morte!”
E um choro de carências.
Tudo se mistura num só coração.
A mescla de sentimentos inexplicáveis
Acaba num copo de vodka junto àquela música.
As coisas parecem rodar,
Tudo tem sentido neste momento.
Pouco tempo depois acaba.
Entre beijos e abraços,
Carícias e amassos.
Um pouco de água talvez?
Quem sabe a hipocrisia renasça?
Hipocrisia esta que habita em nós. Fato!
Hipocrisia inescrupulosa e inútil,
Porém necessária e, em algumas vezes, gostosa.
Não há sentido nestas palavras.
Mas, será que há sentindo em algo nesse mundo?
E, findo aqui, confusa e quase satisfeita.
06/07/09
Camila Castro