terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Meu primeiro amor


Delirante e delirado
te vejo sempre assim perdido
e às sombras das dúvidas arruinantes,
me vês escondida em sua estante.

Em tudo o que já fomos e sentimos
ficam em nós o que passou de um modo estranho
e apreensivo.
Lascívia, luxúria, álcool, brigas
e amor.

Tudo assim junto e misturado
no que já vivemos.
Sentimentos confusos nos rodeiam,
pessoas passam e repassam
devaneios alucinados e cheios de utopia.

Ainda assim, te vejo menino
e cheio de suas peraltices.
Parece que crescemos e somos adultos,
mas ainda somos crianças e inconsequentes.
Na veia corre a irresponsabilidade de nossas aventuras,
é isso que fica na lembrança e sempre ficará
no que foi ontem e no que vem em frente.

Sem receio ou desejo de voltar,
mas como nostalgia de ter sido o que se foi
e de ser o que se foi,
mesmo escondido e alucinado.

Deleitei-me em suas palavras e, assim,
me inspirei em dedilhar e esclarecer,
pensei em como é especial e destinado
e é assim que deve ser e que sempre será,
mesmo sem você querer.

Camila Castro

A Raul Soares

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