
Num quando de vez e tanto
na noite quente
e alucinada,
seu pranto me atormenta,
me enlouquece e submete.
na noite quente
e alucinada,
seu pranto me atormenta,
me enlouquece e submete.
Nos olhos profundos e negros,
dentro do meu sentir.
No corpo a perceber,
o tato a desejar.
dentro do meu sentir.
No corpo a perceber,
o tato a desejar.
Um “auto de si mesmo”
no que prefere e quer,
o ser fica a esmo
sem tecer o que se é.
no que prefere e quer,
o ser fica a esmo
sem tecer o que se é.
O tudo se torna nada
e o coração vazio está.
Sem saber o que é senti,
sem ter aonde chegar.
e o coração vazio está.
Sem saber o que é senti,
sem ter aonde chegar.
As vezes, paro meu canto,
alucino na cama desarrumada,
inerte no escuro da noite,
vegetando na vida calada.
alucino na cama desarrumada,
inerte no escuro da noite,
vegetando na vida calada.
Os olhares me seguem curiosos,
as palavras me buscam afiadas.
Não tenho olhos esperançosos,
tampouco a boca fechada.
as palavras me buscam afiadas.
Não tenho olhos esperançosos,
tampouco a boca fechada.
Subo no salto novamente,
pinto minha cara borrada,
enceno para todo o povo
que espera a carcaça armada.
pinto minha cara borrada,
enceno para todo o povo
que espera a carcaça armada.
Amanhã desmorono
e depois me recomponho.
Sigo em minha atuação diária,
para não desapontar os espectadores.
e depois me recomponho.
Sigo em minha atuação diária,
para não desapontar os espectadores.
Camila Castro
Nenhum comentário:
Postar um comentário