sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Pra sempre que não acaba

Antes que me diga adeus,
quero ouvir o pular de seu coração,
sentir o suor de seu corpo e
penetrar em seu olhar.

Antes que me diga adeus,
quero tocar em sua pele,
escutar sues passos apressados e
compartilhar idéias.

Antes que me diga adeus,
vou dizer até daqui a pouco,
logo ali na próxima esquina,
a que cruza meu eterno com o seu infinito,
onde o meu coração se mistura ao seu,
os destinos se entrelaçam e se confundem...

Logo ali vou te esperar,
te olhar, te ter e dizer...
Enlaçar seu corpo no meu num pra sempre que nunca vai acabar.

Camila Castro

Solidão em dois



Senti o escurecer na distância de seu pensamento.
Fingi não perceber que meu desejo era o seu tormento.
Não quis acordar e cair em mim, saber que o final feliz foi apenas o fim.
O desejo rompido e estraçalhado, a atuação mal feita e não ensaiada, deixaram meu coração embaraçado e minha alma mal amada.
Uma carência renascida, uma carícia concebida...
Precisava apenas de uma palavra esclarecida.
A prioridade errônea matou a mim, matou você, matou e, simplesmente, morreu.
Mas, superamos e, por fim, nos amamos.


Camila Castro

Esboço

Insanidade banal e descabidaé essa que vem em minha noite.
Loucura intensa e colorida
me atrai, como um imã, para o açoite.

Desejos, pensamentos e obsessões
ligados ao fim, ao começo, exceto ao meio.
Durante a noite, me libertam de prisões
e me deixam assim meio sem receio.

Estrada esburacada e desnivelada,
destino incerto e obscuro.
De fato, me deixe sempre calada
e com vontade de romper o muro.

Esboço de si em si mesmo,
desenho mal feito da própria vida.
Esquece a luta e a deixa a esmo,
esperando o momento de ser punida.


Camila Castro

sábado, 16 de outubro de 2010

Confissões de uma noite insana


Pode-se dizer que a vida não esperada seja a vida que se deseja viver.
Não se importe com a falta de sentido, pois a insanidade liberta a utopia mais descabida, a necessidade mais necessitada e o desejo mais alucinante.
Liberte em si a esperança louca, seja a inspiração, faça aquilo que nunca esperou-se, mas jamais espere que alguém seja aquilo que se quer.
O amor nada mais é que o desejo de encontrar algo que NÃO EXISTE: a felicidade. Porém, procure, pois é a procura por esse algo que não existe que torna o viver mais belo.
Não posso dizer o que realmente quero, porque a lucidez está chegando em minha mente, e esta MALDITA me faz pensar e não quero pensar, porque o sentir é mais intenso.
Confesso que, às vezes, tenho medo de viver o que sinto, é um desvaneio tão intenso que me leva a lugares inexistentes.
Deixe-me confessar... Um confesso que não existe, sente, vive, seja, diga, ande, fere, afinal, quero dizer o que pensei, o sexo... Aquilo que reprimo se liberta da forma mais primordial, mais antiga e mais sincera. Queremos e desejamos de uma forma que libertamos tudo aquilo que queremos reprimir, é uma loucura e um sentido que parece não existir, mas uma busca que se torna constante e necessitada conforme o tempo.
Os princípios tornam-se fins, num instante que não existe, mas que desejamos que ele se torne eterno.


Camila Castro

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Desabafo de um domingo à noite

O “mim”, que em mim não habita, mexe e remexe em meu coração. O desejo de ser o que não posso, me faz pensar em fazer aquilo que não gosto.

O medo de ficar só me afasta das pessoas que amo, destrói sentimentos conquistados e magoa as pessoas importantes.

O egoísmo aqui presente me faz querer ter tudo e todos só para mim e me faz esquecer que o verdadeiro amor é aquele que confia, que liberta, que faz rir, que faz feliz, que beija, que perdoa, que esquece, que sente, é o amor ideal, e que, por ser ideal, está muito longe do meu ser imperfeito.

Perfeição não me instiga muito, mas quero, pelo menos, estar perto do perfeito para a pessoa que amo, é difícil aceitar que quem se ama já beijou outros lábios, já foi tocado por outras mãos, já amou outro coração, já riu com outro alguém, já quis ficar para sempre com uma pessoa que não eu. É difícil saber que quem se ama atrai outros olhares, cativa outros corações.

É difícil libertar “aquilo” que se ama, é difícil deixar quem se quer o tempo todo.

Não sei, nem sei se um dia saberei amar de forma saudável, e da forma que você e somente você merece.

Eu, de certo, necessito de um tratamento, minha loucura, meu egocentrismo, meu egoísmo, meu ciúme ME MATAM diariamente, sabe, quando penso nas pessoas que me rodeiam, quando penso em você, quando paro para rever minhas atitudes, não me entendo, de verdade, não consigo saber o porquê faço certas coisas...

Paro, escuto legião, choro...

AAAAAAAAAAAAAAAAh não agüento mais, o que fazer com esse ser que nada sabe, mas finge que tem o domínio de todas as coisas???

Alguém se habilita a ajudar?

Camila Castro

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Conselho


Espere pelo desejo mais arrebatador.
Siga o pensamento mais louco.
Sonhe viver uma vida sem dor.
Não se deixe tornar oco.

Admire o luar numa noite quente.
Dê um sorriso sincero e acolhedor.
Não deixe que o trânsito lhe atormente.
Não queira se livrar do amor.

Faça uma ligação demorada.
Sinta saudades de pessoas especiais.
Anseie por uma data esperada.
Não pense que nada é demais.

Queira ser mais e melhor,
sem deixar a honestidade de lado.
Espere que não seja pior,
deixe-se ser amado.

Estude para não ser ignorante,
pois este não sabe o local onde pisa.
Siga sempre e adiante.
Um dia, molhe a camisa.

Erre, e aprenda com isso.
Chore e sorria.
Não seja um chato metediço.
Alimente sua cria.

Em meio aos muitos conselhos que tenho a lhe dar,
me basto por aqui,
não adianta somente falar,
temos mesmo é que agir.


Camila Castro

domingo, 8 de agosto de 2010

Menina, menina.


Menina que vai à rua,
num molejo juvenil,
lhe torno nua.
Menina, essa,
que me cativa.
Menina, me espera,
ao teu ouvido,
direi palavras absurdas.
Menina de olhos atormentadores,
sorriso aconchegante
e quadril tentador.
Menina de toque sereno,
menina da boca pequena.
Linda do caminhar flutuante,
e do desejar alucinante.
Menina dos meus olhos,
menina do meu sentimento.
Menina do meu escrito,
menina do meu contentamento.

Camila Castro

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Seja-me!


Deite, me olhe, sinta o que vem pela frente.
Respire, pois a respiração lhe fugirá.
Segure, aperte, veja o que lhe enlouquece.
Toque!
Navegue numa loucura submetida e inspiradora.
Ande em tudo o que lhe pareça chão.
Escreva em tudo o que lhe pareça corpo.
Escute a música de amor que toca entre nós.
Tateie centímetro por centímetro,
pois, a cada um, uma nova e deliciosa sensação lhe surgirá.
Vá devagar, explore cada segundo.
Aprenda-me, ensina-me, seja-me!
Aumente um pouco a velocidade,
seja minha utopia descabida e adolescente.
Seja meu tudo e meu nada num segundo passado.
Anseie por um final feliz e cansado.
Busque, adentre e seja!
Rápida e freneticamente almeje-me.
Sendo eu em você e você em mim,
em minutos sem tempo, nem sentido,
o fim que chega é prazeroso e avassalador.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Jogando palavras ao vento, meu pensamento explode numa intensidade absoluta e preocupavel.
De uma maneira louca, meus dedos se movem e as letras misturam-se, desenhando inconsequentemente frases sem qualquer sentido, mas cheias de sentimento.
Dançando freneticamnte, meu ser busca explicação para a falta de explicação do mundo egoista de um coração.
Pontos finais irresponsáveis, vírgulas infantis e palavras indescentes. Vamos pensar no que nos traz felicidade?
Felicidade utópica, que não vai existir antes que tudo acabe de maneira destruidora e rápida!
Vamos nos unir?
Vamos buscar o fim do mundo além do horizonte!
Minha boca se abre e, como revólver, atira bastante e machuca, machuca e machuca!
Indiferentemente eu sigo procurando em seu olhar um jeito de ser o que que você merece, sigo buscando um jeito de ser o que nós merecemos...
Você se vai em todo fim de tarde, e, aqui sozinha, eu choro e não sei o que dizer, o que pensar, nem o que ser.
Não é nada demais, amanhã passa (assim eu espero), a intensidade do meu sentir me mata todos os dias, seja de tristeza ou de alegria.
E, ao som da Legião, me vejo perdida e achada, me vejo perto e distante, me vejo necessitada, me vejo atrapalhada!
Não por acaso, meus dias são mais felizes ao lado seu, sabemos disso. Mas, não sei porque, meu coração teima em ficar maluco, em maltratar e em não saber o que quer saber para não ficar sem saber o que sentir e o que dizer.
Estratégicamente, eu digo palavras insensatas e absurdas, uma estratégia tola e idiota, eu sei.
As lágrimas correm pelo meu rosto de maneira a lubrificar minha maldade interna.
Esperamos mais de nós mesmos e queremos ser o que não somos. Queremos sorrisos falsos em dias de chuva e amores de conto de fadas em meio a escuridão perdida da mentira.
Não sei mais o que dizer, nem o que pensar, só quero dormir e, quando acordar, não ter mais motivos para sumir.
Agora, aqui para nós, sabemos que essa intensidade (MINHA) nos mata. E não sei o que é pior: morrer por nós ou nos matar.
Loucura! eu sei, esquece... Não precisa se importar, não precisa me buscar, não precisa insistir, isso é mais fácil.
Apesar de tudo, meus pensamentos são sempre teus, e eu sei que lá na frente vou saber que a culpa foi toda minha, de fato, mas sei também que a mesma intensidade que nos matou, foi a que nos fez existir.
Já não sei mais o que dizer, as palavras perderam o sentido, na verdade, só queria estar contigo e te sentir comigo, não só fisicamente, mas intensa e eternamente.
Me vou. Lembre-se dos bons momentos, pelo menos.

Camila Castro

domingo, 4 de julho de 2010

Nossa dança de felicidade


Diante do que foi dito,
com aquele sorriso lúdico,
um pedido de felicidade insensato
e um sentimento mais que único.

Uma dança indiscreta,
um balanço "abduzente"
Esse abraço me aperta
e a loucura a gente sente.

Os olhos brilham e,
no meio da paixão,
a cama sua.
O beijo nos distrai
e a alma fica nua.

O coração dispara
e o sorriso não se detém,
muito mais que pura tara,
o amor nos faz refém.


Camila Castro

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Castro


Estive pensando, e pensar, na maioria das vezes, me faz mal.
As incógnitas, que rodeiam essa minha pequena e tão complexa vivência, me enlouquecem a cada amanhecer. Não saber o que será do dia é normal, mas não tenho conhecimento do Eu que luta aqui dentro, e, por isso, não sei, ao menos, o que será de mim daqui dez minutos.
Uma louca inconstância que me toma conta e me correi plenamente, me fazendo levar todo amor e compaixão, que me são oferecidos, para um canto que não sei onde se situa, nem se existe.
Em todo despertar uma nova questão, um novo desejo, uma nova luta. Um querer de não poder, um fazer sem perceber, um desejar sem existir.
Umas loucuras extremistas e absurdas, que surpreendem a mim mesma. Idéias insanas e utópicas, vazias de qualquer realidade proporcionada pela existência. Palavras que se misturam, como a massa de um bolo, tornando-se unificadas, sem inicio, nem fim, sem explicação, nem sentido, sem vírgula ou exclamação.
Humores que se contradizem em frações de segundos, palavras que se cancelam num piscar de olhos. Amor súbito e inconseqüente tornando-se amor em apenas 32 passos.
Desculpas repetidas e desgastadas se misturam com olhares de perdão e de pedido, palavras afiadas mesclam, junto a si, silêncios macios e saborosos. Um paradoxo constante e exacerbado cheio de álcool e lucidez, repleto de lua e sol, de música e silencio, de horas e momentos.
Findando meu louco e “bendito” pensamento, me fica um desejo de mudar. Desejo esse, que logo passa, mudar o Ser que em mim habita, seria não ser mais Eu, e, então, seria uma nova crise, novos pensamentos, e eu teria que, novamente, adaptar-me às minhas complexidades, pelas quais, hoje, já convivo com compreensão, pelo menos.

Camila Castro

domingo, 25 de abril de 2010

Nossos dias


O fazer não é visto
perto do não feito.
O dizer não é ouvido
perto do não dito.

O amor se devora
e, aquilo que sentimos,
por um instante, demora
e omite o que não ouvimos.

Um olhar desesperador
acompanha o mal entendido.
E, junto com a minha dor,
o desejo parece perdido.

Quizá o amanhã desapareça com este maldito,
e o olhar mais belo novamente me complete.
O dia não será mais esquisito,
e seu sorriso tudo aquilo que me submete.


Camila Castro

domingo, 4 de abril de 2010


Um nada cabível no tudo,
Disse-me que o ontem passou.
Por alguns instantes, pus-me mudo,
Como assim o ontem acabou?

Um algo cabível numa caixa,
Disse-me que o hoje já chegou.
Um sorriso esboçou-se em meu rosto,
De fato, a esperança não terminou.

Um tudo que em nada cabe,
Disse-me que o amanhã ainda não se criou.
Como louco, pus-me a gritar,
Ufa! Posso ser o que ainda não sou!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

O monte


Diga-me “oh monte” o louco que é viver.
Estende-me a mão e luta comigo.
Caminhe aqui, e venha me entreter.
Faça disso tudo seu pleno abrigo!

Diga-me “oh monte” o louco que é viver.
Abra os braços e me fale ao ouvido.
Olhe meu umbigo, e não me faça esquecer
que sua voz é muito mais que um zumbido.

Diga-me “oh monte” o louco que é viver.
Vive loucamente a vida sem sentido.
Me ligue as 16 horas, me faça enlouquecer
ao mirar seu corpo todo a mim estendido.

Diga-me “oh monte” o louco que é viver.
Diga-me “oh monte” que viver louco é.
Diga-me “oh monte” que amanhã vais me dizer.
Que este monte parece ser o que não é.


Camila Castro

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Eu amo


Amo o belo e sereno olhar.
Amo tanto em toda verdade.
Amo logo, e a ti sempre irei amar,
seja qual for a realidade.

Amo em toda extensaõ do mar.
Amo nos dias que me vem a saudade.
Amo seus lábios beijar.
Amo em toda nossa pouca liberdade.

Amo, e de amar não vou deixar.
Amo com um amor de plena virtude.
Amo grande, e esse amor quero gritar.

Amo no longo da eternidade.
Amo do louco desejo de amar.
Amo em todo amor que me invade.

Camila Castro

sábado, 23 de janeiro de 2010

Vem logo!


Te quero perto
Te quero agora
Te quero logo
Te quero sempre.

Sinto falta do seu cheiro
e do seu sorriso.
Um abraço nada ligeiro
é tudo o que eu preciso.


Seus belíssimos olhos eu quero ver,
sua respiração ao pé do ouvido sentir.
O dia todo, o tempo inteiro quero te ter.
Venha logo, venha a minha vontade suprir.

Quiçá o tempo passe bem rapidinho,
e logo, antes mesmo que eu acorde,
eu tenha você aqui do meu ladinho.


Camila Castro

sábado, 16 de janeiro de 2010

Ao anoitecer


Anoitecia,
e eu de nada sorria.
Pessoas não via,
e para lugar algum ia.

Anoitecia,
e meu amor nada dizia.
De tanto que me soava fria,
seu olhos eu já não lia.

Anoitecia,
e, tudo que jamais faria,
dentro de mim crescia.
E meu peito muito me pedia
todo aquele calor que já não sentia.

Anoitecia,
e para a cama eu ia.
Com esperança de um novo dia,
nada satisfeita dormia.

Camila Castro

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Antes de tudo


Antes da noite cair,
toque minh’alma.
Não me deixe ir,
não fique tão calma.

Antes do sol se pôr,
me guarde no peito.
Me leve por onde for,
mesmo que seja estreito.

Antes do dia nascer,
me segure entre os dedos.
Não me deixe correr,
me proteja dos medos.

Antes que o dia acabe,
Me ame!
Antes que tudo acabe,
Me ame!


Camila Castro