
Pulso e tarde
na carta não findada
e no grito de alarde,
em minha cama desarrumada,
a noite me invade.
Com sentimentos soltos,
desejos imensuráveis,
meus olhos ficam tontos
e os cheiros inspiráveis.
Fico esquisita
e os hormônios paranoicos.
Desejo aquela vista,
ou um pouco de “ etanoicos”.
Quero você...
longe de mim,
em cima de mim...
e nunca mais lhe ver.
Quero música,
chocolate,
alma física
e desempate.
Quero alegria,
me vem tristeza.
E o que inicia,
se põe à mesa.
Gritos e sussurros...
Palavras duras
em meio aos murros,
que deixam fissuras.
Findamos com aspas,
sem desejo real
com vírgulas e reticências
ou um ponto final.
Camila Castro
Nenhum comentário:
Postar um comentário